quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Em que línguas a Bíblia foi escrita originalmente?

Como todos sabem a Bíblia é uma coletânea de 66 livros, sendo 39 livros no Antigo Testamento, e 27 no Novo Testamento. O que poucos sabem é em que línguas [originalmente] foi escrita essa coletânea de escritos que são tão importantes, pois, como cremos, é a Palavra de Deus.
As línguas em que originalmente foi escrita a Bíbliahebraico foi a língua em que foi escrito a maioria do Antigo Testamento. Era a língua falada pelos hebreus e, atualmente, é a língua oficial do estado de Israel. Apenas alguns trechos do Antigo Testamento foram escritos em outra língua, no caso, o aramaico.

aramaico era um grupo de dialetos muito ligado à língua hebraica. Era falado não só em Israel, mas também em vários outros países da época no mundo bíblico (2 Rs 18. 26). Os trechos bíblicos do Antigo Testamento que foram escritos em aramaico são: Ed 4. 8-6, 18; Ed 7. 12-26; Dn 2. 4-7, 28 e Jr 10. 11). Todo o restante do Velho Testamento foi escrito originalmente em hebraico.
Já no Novo Testamento temos como língua original o grego. Ele não foi escrito no grego clássico, mas em um grego popular que é chamado de grego Coiné.
Das escrituras nessas línguas originais surgiram as traduções bíblicas em diversas línguas faladas pelo mundo.
Hoje temos a Bíblia traduzida em milhares de idiomas. Resta-nos o desafio de praticá-la!

Em nova obra, Novinsky mostra papel fundamental dos cristãos- novos no desenvolvimento do Brasil

Baseado na pesquisa de fontes inquisitoriais inéditas, o livro “Os Judeus que construíram o Brasil” (Editora Planeta), de Anita Novinsky, Daniela Levy, Eneida Ribeiro e Lina Gorenstein, busca apresentar uma nova visão deste importantíssimo capítulo da história do Brasil: a história dos cristãos-novos.
A obra, que será lançada em São Paulo no dia 15 de fevereiro, às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, traz os destaques mostrados abaixo:
Segundo os cronistas do período colonial, 75% da população era constituída por cristãos-novos, proprietários de largas extensões do território brasileiro.  Documentos mostram uma grande quantidade de cristãos-novos no clero católico, nas ordens religiosas e nos conventos. As tradições judaicas eram mantidas em sigilo.
No primeiro século de sua existência, a Companhia de Jesus – criada em 1534-, permitiu a entrada de inúmeros cristãos-novos, o que despertou uma acirrada rivalidade interna, levando, a partir da última década do século 16, à intolerância que acabou lhes fechando as portas.
PAPEL FUNDAMENTAL
Na Colônia, os conversos [convertidos ao cristianismo à força, por decreto de Dom Manuel I, em 1497] desempenharam um importante papel no desenvolvimento econômico e financeiro: por meio do comércio internacional, abriram novas perspectivas, tornando-se pioneiros no desenvolvimento do capitalismo comercial brasileiro, como já demonstrado nos trabalhos de Jonathan Israel.
Surpreende também o nível cultural dos habitantes da Colônia. Obras de filósofos como Virgílio, Ovídio, Montesquieu, Voltaire, Rousseau, eram lidas. Todas proibidos pela Igreja.

Algumas bibliotecas continham grande variedade de títulos e pertenciam a uma elite intelectual cristã nova, entre eles o pai do renomado poeta Antônio José da Silva, conhecido como “O Judeu”. As obras também eram lidas em regiões mais distantes, como Goiás.

DESCONSTRUÇÃO DE MITOS
A documentação desfaz o secular mito sobre a aversão dos judeus ao trabalho agrícola. E a fidelidade dos conversos na Bahia contra os holandeses, em 1630, expõe outra das mentiras que estigmatizaram os judeus e seus descendentes.
Sobre os paulistas, inimigos da Espanha, e sobre o ataque das bandeiras às Missões jesuíticas, novos documentos alteram a versão historiográfica tradicional, que explica o conflito baseado em interesses econômicos.
A obra demonstra que essa guerra ocorreu também por motivos ideológicos, uma vez que a Inquisição sediada em Lima desejava exterminar os paulistas, que, segundo documentos, eram em sua maioria cristãos-novos. A comprovação da origem judaica de Raposo Tavares e outros bandeirantes, pode ser verificada nos processos inquisitoriais.
A FÁBRICA DE JUDEUS
O livro também revela os mecanismos do tribunal criado especialmente para perseguir e punir os judeus convertidos, criando uma verdadeira “fábrica de judeus” (segundo a expressão utilizada pelo Padre Antônio Vieira), que por meio da corrupção e de julgamentos teatrais, punia inocentes.  
A Inquisição perseguiu milhares de brasileiros, destruindo gerações, mas alguns conseguiram escapar, infiltrando-se no sertão. Apesar das amargas experiências, o Brasil ainda era para esse grupo a “Terra da liberdade”, a “Nova Canaã”. A infindável perseguição forçou-os a criar sociedades secretas. Por intermédio delas, eles transmitiram clandestinamente suas esperanças, sonhos e tradições às futuras gerações.
 
A instituição do Tribunal do Santo Ofício Inquisição, a expulsão dos judeus da Espanha e a conversão forçada em Portugal marcaram uma nova era nesses países e trouxeram drásticas consequências para a vida ibérica: a longo prazo arruinaram o comércio português, fazendo emigrar do Reino os mais prestigiosos elementos, prejudicando por muitos anos, a produção nacional, destruindo famílias e negócios. A cultura judaica, florescente na Península Ibérica até o século 15, apagou-se.


Bancada evangélica aprova PEC que dá à Igreja poder de questionar Supremo

A proposta que escanteia o conceito de Estado laico, do deputado João Campos, o mesmo que defende a bandeira da “cura gay”, foi aprovada nesta quarta-feira em comissão especial


Aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aprovaram PEC nesta quarta-feira (04)
Gustavo Lima / Câmara dos Deputados - 03.11.15
Aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aprovaram PEC nesta quarta-feira (04)
Deputados aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) aprovaram nesta quarta-feira (04), em comissão especial, o parecer favorável à PEC 99/2011, que autoriza as igrejas a questionarem regras ou leis junto ao Supremo Tribunal Federal.

A proposta é considerada uma afronta ao princípio do Estado Laico, previsto na Constituição Federal, mas é uma das prioridades da bancada evangélica, aliada de Cunha. O autor da PEC é o deputado João Campos (PSDB-GO), o mesmo que apresentou a proposta da “cura gay” na Câmara. O parecer aprovado na Comissão Especial é de autoria do deputado Bonifácio Andrada.Caso a PEC seja aprovada pelo plenário da Câmara e depois, no Senado, as igrejas passam a ter direito a apresentarem Ações diretas de Inconstitucionalidade (ADI) ou outros recursos, como Ação Declaratória de constitucionalidade (ADC) e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) perante o STF.
O deputado federal João Campos, autor da Proposta de Emenda à Constituição 99/2011
Reprodução
O deputado federal João Campos, autor da Proposta de Emenda à Constituição 99/2011
Atualmente, a Constituição garante a competência para oferecer questionamentos ao Supremo à presidente da República; para mesa do Senado Federal e da Câmara dos Deputados; para as mesas das Assembleias Legislativas ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; para os governadores de Estado ou do Distrito Federal; para o procurador-geral da República; para o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); para partidos políticos com representação no Congresso Nacional; além de confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional.
No texto aprovado, o relator aponta a existência de preconceito do Poder Judiciário contra religiosos. “O STF expressa um preconceito contra argumentos de ordem religiosa, dando preferência a argumentos científicos”, cita o texto apresentado pelo relator.
Veja também: ministro Barroso, do STF, fala sobre o conservadorismo no Congresso, Igreja, maconha, aborto e redução da maioridade penal

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